Lançamento: 2014
Direção: Neil Burger
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet
Gênero: Ficção Científica, Ação, Romance
Sinopse: Na futurística Chicago, quando a adolescente Beatrice (Shailene Woodley) completa 16 anos ela tem que escolher entre as diferentes facções que a cidade está dividida. Elas são cinco, e cada uma representa um valor diferente, como honestidade, generosidade, coragem e outros. Beatrice surpreende a todos e até a si mesma quando decide pela facção dos destemidos, escolhendo uma diferente da família, e tendo que abandonar o lar. Ao entrar para a Dauntless, ela torna-se Tris e vai enfrentar uma jornada para afastar seus medos e descobrir quem é de verdade. Além disso, Tris conhece Four, um rapaz mais experiente na facção que ela, e que consegue intrigá-la e encantá-la ao mesmo tempo.
Mesmo com a decepção que tive com o terceiro livro, Divergente ainda é uma das minhas séries favoritas. A Veronica Roth criou um mundo muito bem detalhado, interessante e com personagens fortes, além de ter uma coragem gigantesca para conduzir sua estória. Por isso eu torcia e esperava para que o filme fizesse jus a sua obra original e conseguisse atingir o potencial presente no livro. E depois de ter que esperar dias para poder assistir, quando finalmente sai do cinema a única coisa que eu pensava era quão incrível foi o filme e como, apesar de alguns pequenos defeitos, eu não poderia estar mais satisfeita com o que assisti.
Um dos pontos que mais pesa positivamente na trilogia, para mim, é ter a Tris como protagonista. Em muitos livros e séries voltados para o público jovem acontece de outro personagem tomar o papel de destaque e deixar a - teoricamente - protagonista em segundo, terceiro plano. Sinceramente, quantas vezes você não se importou muito mais com o mocinho da estória do que com a narradora? Ou ficou muito mais interessado até mesmo nos antagonistas?
A Shailene Woodley é um ótima atriz, eu já a tinha visto em ação em The Spectacular Now e fiquei ainda mais impressionada em Divergente. Neil Burger, o diretor, sabia muito bem a qualidade da atriz que tinhas nas mãos, tanto que em boa parte das cenas ele foca muito no seu rosto tamanha a expressividade que ela demonstra, é impossível não se conectar com a personagem. A Shailene soube muito bem mostrar o crescimento da personagem, que eu acredito ser o ponto principalmente desse primeiro filme/livro, transformar aquela garota insegura e perdida em outra forte, corajosa e que tem uma capacidade física e mental de enfrentar quase tudo.
Ainda falando dos atores, preciso dizer que fiquei satisfeita com o Theo James como Quatro, mas não totalmente maravilhada. A beleza dele é inquestionável e ele conseguiu transpor muito bem o personagem das páginas para a tela, mas não roubou as cenas. O que eu não consigo decidir se é bom ou ruim. Porque ao mesmo tempo que isso tira um pouco a força do personagem, isso também mostra como o filme não se resume a - ou se foca em- somente um romance.
Vi muitos críticos falando como essa calma mudou no último ato do filme e tudo ficou corrido demais. Bom, é verdade que ficou rápido, mas não acredito que corrido seja a palavra certa. Não acho que as coisas acontecerem mais rapidamente tenha sido um defeito e mesmo se fosse eles só estavam sendo fiéis ao ritmo dado pela Veronica aos acontecimentos, já que é exatamente assim que acontece no livro. Pode ser que isso incomode mais quem não a conhece a estória, os deixando mais perdidos, mas no meu caso não foi algo que incomodou.
Eu li Divergente a quase um ano e meio e por isso não posso analisar detalhe por detalhe o que está igual e o que está diferente. Também não vou entrar, novamente, naquela discussão de um que uma adaptação nunca vai ser exatamente igual ao seu livro de origem. Vou apenas dizer que o filme está fiel, mais fiel do que esperávamos e fiel o suficiente para agradar qualquer fã. Existem, é claro, aquelas coisas chatas de fã que eu mesma me vi pensando durante o filme como, por exemplo, a Abgnação não devia usar maquiagem ou que não deveria ter vermelho nas roupas da Audácia. Mas isso são bobeiras que na realidade não fazem diferença nenhuma.
Quero só tirar um momento desse post para falar sobre a trilha sonora. Eu já estava apaixonada por Beating Hart e Find You, mas toda a trilha do filme, instrumental ou normal, está simplesmente ótima! As canções combinam super bem com as cenas e são boas e eletrizantes. Amei, simples assim. A fotografia também está muito bonita, principalmente quando aparecem cores fortes nas cenas, assim como também gostei da caracterização de Chicago, sempre tive essa visão de que, mesmo sendo no futuro, era tudo muito simples e foi exatamente isso que o filme mostrou.
Sinceramente, eu tive uma experiência ótima assistindo Divergente. Porque mesmo sabendo o que iria acontecer eu ficava nervosa em antecipação pelos personagens, xingava aqueles que eu já sabia que eram filhos da puta e morri de amores vendo o começo de um casal pelo qual sempre torci muito para dar certo. Não tem nada como ver um mundo que você gosta tanto ganhando vida de forma fiel e bem feita.
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Se você ainda não leu Divergente, acredite, apesar de tudo, é um trilogia que vale demais a chance e se você já é fã da estória, bem, pode ficar tranquilo que o filme não vai decepcionar.E como Insurgente é o meu livro favorito dos três vocês já devem imaginar que eu estou contando os dias para a estreia.
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