Título Original: RoboCop
Lançamento: 2014
Lançamento: 2014
Direção: José Padilha
Elenco: Joe Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton
Gênero: Ação, Ficção Científica
Sinopse: Em um futuro não muito distante, no ano de 2028, drones não tripulados e robôs são usados para garantir a segurança mundo afora, mas o combate ao crime nos Estados Unidos não pode ser realizado por eles e a empresa OmniCorp, criadora das máquinas, quer reverter esse cenário. Uma das razões para a proibição seria uma lei apoiada pela maioria dos americanos. Querendo conquistar a população, o dono da companhia Raymond Sellars (Michael Keaton) decide criar um robô que tenha consciência humana e a oportunidade aparece quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado, deixando-o entre a vida e a morte.
Não é novidade que os remakes vem se tornaram uma mania e para muitos era apenas questão de tempo até chegar a vez de RoboCop. Eu nunca assisti o original de 1987 e fui ao cinema sem a menor expectativa para filme, mas acabei totalmente surpreendida. RoboCop é um bom filme de ação que consegue prender a atenção de quem está assistindo e realmente entreter.
No futuro, as máquinas passaram a fazer o trabalho dos policiais, sendo assim mais eficazes e evitando a perda de muitas vidas. Porém o Estados Unidos é um dos únicos países que não aceitam essa nova tecnologia já que uma grande parcela da população se preocupa com a falta de humanidade dessas máquinas. Tentando reverter essa realidade, a empresa responsável por essa tecnologia, a OmniCorp, resolve colocar um humano em um corpo de máquina e vê a sua oportunidade perfeita quando Alex Murphy (Joel Kinnaman), um policial, sofre um atentado e fica com 80% do seu corpo comprometido.
A cena inicial do filme e todo a sua sequência é simplesmente incrível, se eu tinha m sentado na cadeira do cinema sem muito interesse, o personagem do Samuel L. Jackson conseguiu em apenas alguns segundos me ganhar e enfatizar uma característica forte do filme. Apesar de ser um ficção científica, RoboCop traz algumas claras críticas e debates sociais. A mais evidente é a crítica a manipulação da mídia, seguida pela crítica a corrupção dentro da polícia e por debates sobre a ética científica e sobre o consumismo. Esses pontos não são o tema central do filme, porém enriquecem o enredo e chamam a atenção.
Diferente da maioria dos filmes do gênero, RoboCop tem um ritmo mais lento que deixa espaço para o desenvolvimento dos personagens - sim, personagens no plural, já que o destaque aqui não fica somente no protagonista. O interessante é que durante o filme eu chegava a perceber o ritmo lento, mas não ao ponto de ficar entendiada com ele em nenhum momento.
Infelizmente o Alex Murphy do Joel Kinnaman apresentou um grande problema que foi parecer um robô desde o começo. Entendam, o filme traz como um dos seus conflitos principais a tentativa de se ter um humano dentro de uma máquina e as diferenças crucias entre um e o outro, mas quando conhecemos o protagonista ele não tem nenhum impacto emocional em que está assistindo, ele parece frio e impessoal. Ou seja, foi difícil criar uma empatia com ele e realmente se importar com a manutenção da sua humanidade. É só mais para frente, quando ele já é o RoboCop, que, ironicamente, essa humanidade começa a parecer. Deixo como destaques duas cenas, a cena em que ele se vê pela primeira vez sem o corpo robótico, uma cena muito chocante visualmente e impactante, e a primeira vez que ele vê seu filho após o acidente, foi a única cena que me trouxe lágrimas aos olhos.
Já a Abbie Cornish, que faz Clara, a esposa de Alex, conseguiu me emocionar várias vezes. Mesmo estando em poucas cenas, todo vez que ela aparecia eu conseguia sentir a sua emoção completamente e foi ela, na verdade, que me fez me importar com o destino de Alex. Realmente impressionante a emoção e a força que ela passa através das telas.
Outro destaque, para mim, foi o personagem do doutor Norton interpretado pelo Gary Oldman. Além de ser um personagem recorrente ele intriga quem assiste com as suas motivações e atos, até agora não sei se o odeio completamente ou se meio que gosto dele apesar de tudo, mas admito minha admiração pelo desenvolvimento que o personagem teve durante o filme.
Gostei dos efeitos especiais, principalmente se tratando do corpo robótico do Alex e do que é ele sem toda a máquina, foi tudo muito bem feito e parece bem crível. As cenas de ação, quando acontecem, são igualmente boas e intrigantes, com destaque para um combate que acontece no escuro, eu simplesmente amei aquela sequência de cenas.
Uma curiosidade é que o diretor do filme é o José Padilha, um brasileiro que ficou famoso por dirigir Tropa de Elite 1 e 2. Segundo rumores os roteirista pediram especialmente que fosse ele o diretor do filme. Infelizmente nunca vi Tropa de Elite - não me matem, por favor - então não posso comparar o trabalho dele em ambos os filmes, mas gostei dele em RoboCop.
RoboCop foi uma surpresa para mim porque não esperava que fosseê gostar tanto do filme. Não é algo espetacular ou inovador, mas é um filme que eu com certeza vou assistir de novo e acho que isso já diz muito sobre ele. Um filme imperdível para os fãs do gênero.
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