Título Original: Elysium
Lançamento: 2013
Direção: Neill Blomkamp
Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Wagner Moura e Alice Braga
Gênero: Ficção Científica, Ação
Sinopse: Em 2159, o mundo é dividido entre dois grupos: o primeiro, riquíssimo, mora na estação espacial Elysium, enquanto o segundo, pobre, vive na Terra, repleta de pessoas e em grande decadência. Por um lado, a secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para preservar o estilo de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt Damon) tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas.
Assim como em Distrito 9, Neill Blomkamp mistura ficção científica com uma forte crítica social e política, buscando entreter o público, mas também fazer ele pensar.
No mundo futurista do filme, a Terra está um caos, superlotada, entulhada e dominada por pobreza, o que fez os mais ricos construírem seu próprio planeta. Elysium é uma estação espacial que simula a atmosfera terrestre, um locar onde só existem grandes casarões e amplos parques, onde não existe pobreza e poluição, onde qualquer doença pode ser curada em poucos minutos por máquinas especiais.
Logo no início conhecemos Max (Matt Damon), ele é um órfão e ex-presidiário que tenta ganhar a vida honestamente trabalhando em uma fábrica de robôs até que sofre um acidente que o expõe a uma quantidade letal de radiação. Com poucos dias de vida ele procura Spider (Wagner Moura) já que ele é o único que pode ajudá-lo a entrar ilegalmente em Elysium, sendo que que as máquinas que existem lá são sua única esperança de sobrevivência. Para conseguir chegar até Elysium, Max vai se envolver em uma missão muito maior e muito perigosa, que pode acabar mudando para sempre a vida de todos que vivem na Terra.
É impossível não perceber a discrepância absurda entre as duas realidades apresentadas no filme, e muito menos evitar comparações com o que vemos atualmente. É muito fácil relacionar a Terra e Elysium com as favelas e os condomínios privados que conhecemos muito bem no Brasil ou, ainda mais no contexto do filme, a diferenças entre países desenvolvidos e países subdesenvolvidos. A estória se passa em uma Los Angeles onde todos falam espanhol e onde todos tentam encontrar uma forma ilegal para entrar em Elysium, no que se parece muito com uma releitura da situação EUA/México.
Porém, o filme se focou muito mais no que acontece na Terra, me fazendo sentir falta de saber um pouco mais de Elysium. Sinto que era possível aproveitar muito mais da estória através do material que eles já tinham em mãos.
O ritmo do filme é mais lento do que eu esperava o que fez ele um pouco cansativo em determinados momentos, mas quando as cenas de ação acontecem elas são eletrizantes. São utilizadas algumas técnicas do cinema independente na movimentação da câmera que traz algo de novo e interessante aumentando, ao mesmo tempo, o sentimento de agonia que permeia todo o filme. É até mesmo um pouco incômodo acompanhar toda a situação enfrentada pelos personagens.
O que eu senti foi que o filme tem duas partes bem distintas, o começo lento, que se foca mais na crítica social e na explicação dos fatos e outra marcada pela ação e rapidez dos acontecimentos. O que faltou foi uma combinação desses elementos para que Elysium tivesse um desenrolar mais homogêneo e fluído, o que não acontece.
O Matt Damon faz um personagem difícil de se gostar, ele até tem um humor irônico interessante, mas é durão e distante na maior parte do tempo, dificultando a criação de um sentimento de empatia por quem assiste. O único momento em que o Max mostra um pouco mais de vulnerabilidade é quando interage com Frey, seu amor de infância interpretada pela brasileira Alice Braga.
Um grande destaque é o Wagner Moura no papel de Spider, que se equilibra entre interesseiro inescrupuloso e herói da estória. Ele é um personagem importante e um tanto quanto fascinante, não dá para decidir ao certo quais são suas intenções ou rotulá-lo com bom o mal, e o brasileiro soube passar muito bem essa personalidade forte.
Não vou mentir, tinha altas expectativas para Elysium e, mesmo não sendo um filme ruim, ele me desapontou em muitos momentos. A ideia é muito boa, a crítica que ele quer passar é válida e interessante e o elenco faz um ótimo trabalho, porém pela forma como foi feito o desenvolver de tudo a estória se perdeu. Com certeza é um filme diferente e que vale a pena ser visto, mas recomendo que se decidirem assistir não levantem muitas expectativas porque você podem se decepcionar assim como eu.
Assim como em Distrito 9, Neill Blomkamp mistura ficção científica com uma forte crítica social e política, buscando entreter o público, mas também fazer ele pensar.
No mundo futurista do filme, a Terra está um caos, superlotada, entulhada e dominada por pobreza, o que fez os mais ricos construírem seu próprio planeta. Elysium é uma estação espacial que simula a atmosfera terrestre, um locar onde só existem grandes casarões e amplos parques, onde não existe pobreza e poluição, onde qualquer doença pode ser curada em poucos minutos por máquinas especiais.
Logo no início conhecemos Max (Matt Damon), ele é um órfão e ex-presidiário que tenta ganhar a vida honestamente trabalhando em uma fábrica de robôs até que sofre um acidente que o expõe a uma quantidade letal de radiação. Com poucos dias de vida ele procura Spider (Wagner Moura) já que ele é o único que pode ajudá-lo a entrar ilegalmente em Elysium, sendo que que as máquinas que existem lá são sua única esperança de sobrevivência. Para conseguir chegar até Elysium, Max vai se envolver em uma missão muito maior e muito perigosa, que pode acabar mudando para sempre a vida de todos que vivem na Terra.
É impossível não perceber a discrepância absurda entre as duas realidades apresentadas no filme, e muito menos evitar comparações com o que vemos atualmente. É muito fácil relacionar a Terra e Elysium com as favelas e os condomínios privados que conhecemos muito bem no Brasil ou, ainda mais no contexto do filme, a diferenças entre países desenvolvidos e países subdesenvolvidos. A estória se passa em uma Los Angeles onde todos falam espanhol e onde todos tentam encontrar uma forma ilegal para entrar em Elysium, no que se parece muito com uma releitura da situação EUA/México.
Porém, o filme se focou muito mais no que acontece na Terra, me fazendo sentir falta de saber um pouco mais de Elysium. Sinto que era possível aproveitar muito mais da estória através do material que eles já tinham em mãos.
O ritmo do filme é mais lento do que eu esperava o que fez ele um pouco cansativo em determinados momentos, mas quando as cenas de ação acontecem elas são eletrizantes. São utilizadas algumas técnicas do cinema independente na movimentação da câmera que traz algo de novo e interessante aumentando, ao mesmo tempo, o sentimento de agonia que permeia todo o filme. É até mesmo um pouco incômodo acompanhar toda a situação enfrentada pelos personagens.
O que eu senti foi que o filme tem duas partes bem distintas, o começo lento, que se foca mais na crítica social e na explicação dos fatos e outra marcada pela ação e rapidez dos acontecimentos. O que faltou foi uma combinação desses elementos para que Elysium tivesse um desenrolar mais homogêneo e fluído, o que não acontece.
O Matt Damon faz um personagem difícil de se gostar, ele até tem um humor irônico interessante, mas é durão e distante na maior parte do tempo, dificultando a criação de um sentimento de empatia por quem assiste. O único momento em que o Max mostra um pouco mais de vulnerabilidade é quando interage com Frey, seu amor de infância interpretada pela brasileira Alice Braga.
Um grande destaque é o Wagner Moura no papel de Spider, que se equilibra entre interesseiro inescrupuloso e herói da estória. Ele é um personagem importante e um tanto quanto fascinante, não dá para decidir ao certo quais são suas intenções ou rotulá-lo com bom o mal, e o brasileiro soube passar muito bem essa personalidade forte.
Não vou mentir, tinha altas expectativas para Elysium e, mesmo não sendo um filme ruim, ele me desapontou em muitos momentos. A ideia é muito boa, a crítica que ele quer passar é válida e interessante e o elenco faz um ótimo trabalho, porém pela forma como foi feito o desenvolver de tudo a estória se perdeu. Com certeza é um filme diferente e que vale a pena ser visto, mas recomendo que se decidirem assistir não levantem muitas expectativas porque você podem se decepcionar assim como eu.
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