Sirensong: O perigoso chamado da rainha - Jenna Black

Faeriewalker #3

Autor: Jenna Black

Editora: Universo dos Livros

Número de páginas: 341

Avaliação: 

(Skoob)   

Sirensong é o terceiro (e último *-*) livro da série Faeriewalker. Se você ainda não leu Glimmerglass e Shadowspell, recomendo que pule essa resenha.

Quando Dana decidiu conhecer seu pai, em Avalon, ela não imaginava que se meteria em tantas confusões. Dana é uma Faeriewalker - um ser capaz de transitar entre o mundo mortal e o mundo mágico, além de levando tecnologia onde não existe. 

Isso faz dela uma pessoa rara, e nada desejada. Sendo assim, quando ela recebe o convite para ir até Faerie e ser oficialmente apresentada para a rainha Titânia, Dana não fica nada empolgada. Não é novidade para ninguém: a rainha a quer morta.

No entanto, seu pai deixa claro que ela não tem outra opção, caso recuse o convite a situação pode piorar ainda mais.  Agora, além de se preocupar com o pacto feito com o Elrking, Dana vai ter que zelar pela própria vida.

Sem alternativas, a garota parte em uma grande aventura, na companhia de seu pai, seus amigos - Kimber, Ethan e Kane -, e deu seu adorável guarda-costas Finn.  

"Eu estava prestes a deixar tudo o que era normal e familiar para trás, e entrar em um mundo em que a magia reinava com supremacia. Um mundo onde pelo menos uma rainha feérica queria que eu morresse, e no qual criaturas que atormentavam os pesadelos dos mortais viviam. Eu queria dar meia-volta e me afastar galopando.” (Página 82)

Eu não esperava muita coisa de Sirensong, (apesar de ter gostado dos livros anteriores). Eu achava que com a quantidade de perguntas a ser respondidas, Jenna Black fosse se complicar para encerra a trilogia, mas me enganei. Para mim, Sirensong se revelou um livro repleto de aventura, diversão e romance. O final foi altamente satisfatório.

Neste volume, finalmente conhecemos Faerie. Ainda que as descrições não sejam muito detalhadas, eu pude imaginar o lugar, o gostei do que vi. Dana está menos irritante, sem aquela autopiedade que me incomodou no primeiro livro. Consegui curtir bastante a narrativa em primeira pessoa - mesmo ela citando a todo o momento seu acordo com o Elrking, que a impede de fazer sexo com outra pessoa que não seja ele. Além disso, o uso da magia é bem utilizado, vemos Dana entrando em ação. 

Eu sempre gostei muito de Ethan, e torci para que eles ficassem juntos. Esse volume só consolidou ainda mais a minha torcida. Keane e Kimber continuam ótimos, foi bacana ver as faíscas de ódio quando Keane e Ethan se relacionavam. Aquele ódio tipicamente masculino, que ao mesmo tempo rende boas risadas.

O Elrking aparece, mas menos do que eu desejava, ele é superimportante para o desfecho do livro. Em todas as cenas que ele apareceu, a leitura foi elevada. Apesar de ser um quase vilão, ele é um dos meus preferidos.

O relacionamento de Dana com seu pai se mostrou intenso e verdadeiro. Eu ansiava por isso. Achei interessante uma das mensagens do livro, a que mais me marcou: Infelizmente, não podemos salvar todas as pessoas. Em alguns casos, elas precisam querer ser salvas!

"- Uma das lições mais difíceis a se aprender na vida é que não se pode salvar todos. Acredito que essa lição seja particularmente difícil para você." (Página 314)

Com suas capas lindas e a trama convincente, a trilogia Faeriewalker ganhou um lugar especial na minha estante. Acho válido quando o final é feliz, mas não completamente. Afinal de contas, a vida real é assim, cheia de altos e baixos. 

Trilogia recomendada, se você curte fantasia, provavelmente vai gostar do mundo criado por Jenna Black.

Beijos :)