Filme: Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Título Original: The Dark Knight Rises, EUA, Reino Unido, 2013)

Gênero: Ação, Ficção Científica

Duração: 165 min.

Elenco: Christian Bale, Gary Oldman, Morgan Freeman, Michael Caine, Anne Hathaway, Joseph Gordon-Levitt, Liam Neeson, Tom Hardy

Roteiro: Christopher Nolan, Jonathan Nolan

Direção: Christopher Nolan

Sinopse: Oito anos após a morte de Harvey Dent, a cidade de Gotham City está pacificada e não precisa mais do Batman. A situação faz com que Bruce Wayne (Christian Bale) se torne um homem recluso em sua mansão, convivendo apenas com o mordomo Alfred (Michael Caine). Um dia, em meio a uma festa realizada na Mansão Wayne, uma das garçonetes contratadas rouba um colar de grande valor sentimental. Trata-se de Selina Kyle (Anne Hathaway), uma esperta e habilidosa ladra que, apesar de flagrada por Bruce, consegue fugir. Curioso em descobrir quem é ela, Bruce retorna à caverna para usar os computadores que tanto lhe serviram quando vestia o manto do Homem-Morcego. Aos poucos começa a perceber indícios do surgimento de uma nova ameaça a Gotham City, personificada no brutamontes Bane (Tom Hardy). É o suficiente para que volte a ser o Batman, apesar dos problemas físicos decorrentes de suas atividades como super-herói ao longo dos anos.

Depois de muitos dias, horas, segundos esperando, enfim chegou o dia. Finalmente o último Batman de Christopher Nolan chegou ao cinema. Batman o Cavaleiro das Trevas Ressurge nos traz Gothan City oito anos após os acontecimentos do último filme (ou seja, pra melhor entendimento, você precisa assistir aos outros dois longas, Begins e O Cavaleiro das Trevas), hoje Harvey Dent é lembrado como um herói nacional, sendo o dia de sua morte transformado em feriado, onde todos comemoram o fim da criminalidade, enquanto aquele antigo herói é lembrado com desgosto e vive isolado em sua mansão. Entretanto tudo muda quando um terrorista de nome Bane chega para abalar a paz na cidade, e Bruce Wayne se vê obrigada a voltar a ativa e salvar mais uma vez Gothan City.

Confesso que no dia da estreia do filme eu fiquei com receio de assisti-lo, afinal minha expectativa era tamanha que o medo de me decepcionar era muito grande, mas ao olhar pra trás e lembrar dos outros dois filmes, me veio uma segurança, nunca fui fã do herói morcego, não até Christopher Nolan resolver criar Batman Begins, naquele momento, a partir daquele filme, eu criei um fanatismo muito grande, aquele era o Batman que eu gostava de assistir, e depois de muito esperar, muito sonhar, muito temer, enfim o último filme foi lançado (infelizmente), e todas as minhas expectativas foram superadas!

Nolan não tentou seguir na mesma linha sempre, em Begins ele deu o tom que queria, deixou Batman mais perto da realidade, fez dele um homem comum que dá um pinta de salvador da pátria, mas que poderia ser qualquer um (com dinheiro claro), em Cavaleiro das Trevas ele trouxe um enredo completamente novo com personagens incríveis, deixo exemplo o melhor coringa que os cinemas já viram. Ledger deixou sua marca e ganhou o Oscar, pena que infelizmente não podemos mais vê-lo brilhar,  e por ver que não há ninguém capaz de ocupar o lugar do Coringa, Nolan ousou e criou novos personagens pro último longa, fazendo um ponte com o primeiro filme. Criou Selina Kyle, ou Mulher-Gato, como preferirem, que me fez morder a língua por falar mal. Quando saiu o elenco eu confesso não ter gostado da escolha de Anne Hathaway para o papel, achava ela sem sal demais, porém fui surpreendida com sua atuação, de tirar o chapéu mesmo, até estou gostando da ideia de um filme só pra Mulher-Gato. Joseph Gordon-Levitt entra na trama como John Blake um jovem policial cheio de boas intenções e vontade de combater o crime, personagem que nos dá uma grande surpresa no final da trama, que obviamente eu não posso contar, ou vai perder toda a graça, mas já lhes informo que minha vontade foi de dar O grito no cinema em uma cena em especial. E claro antigos personagens ainda estão na história, como o comissário Gordon, Gary Oldman, que faz mais uma brilhante atuação, o maravilhoso Michael Caine como o mordomo Alfred, e claro Morgan Freeman na pele de Lucius Fox.

O maior vilão da trama vem na pele de Bane, um misterioso e brutal vilão, vivido por Tom Hardy, que desenvolveu um personagem incrível e impressionante. Bane é um terrorista mascarado que fora treinado pelo já conhecido Ra’s Al Ghul, antigo mentor de Bruce, e vem para cidade atrás de conseguir terminar o antigo sonho de Ghul, ver Gothan em ruínas. Hardy fez um ótimo trabalho com o vilão, a voz do personagem é impactante e a forma como se impõe em cena é amedrontador demais, a história criada para o personagem nos faz ficar curiosos pelos detalhes, ficamos esperando mais informações sobre quem ele realmente é, de onde veio e como chegou até ali, como se tornou esse monstro que vemos no presente, realmente incrível.

Seria muito redundante falar de Bale como o homem morcego, mais uma vez ele fez uma grande atuação, a voz criada pro Batman é sensacional, todos sabem que Wayne é o Batman, mas a voz que sempre muda nos faz duvidar às vezes, e acreditar que o herói é qualquer outra pessoa, que não há nenhum Wayne por trás da armadura. Por mais que o filme tenha muito ação, Michale Caine voltou a roubar a cena no papel de Alfred, criando duas emocionantes seqüências que me arrancaram lágrimas, todo seu discurso é vivido por Bruce ao longo da trama e nos faz entender todas suas ações, foi lindo ver Caine vivendo esse papel de novo, porque ninguém consegue ser tão verdadeiro nas palavras e sentimos como ele, me emocionei muito.

Hans Zimmer conseguiu construir uma trilha perfeita, o corte no som e nos efeitos em algumas cenas fez com que elas ficassem mais grandiosas, mais impactantes e assim absorvemos melhor a importância do que estava acontecendo. É difícil falar do filme sem cair nos clichês e nas palavras repetidas, esperei tanto por esse filme que agora mal consigo falar o quão incrível ele foi.

Depois de três incríveis filmes, chegou a hora de dar adeus ao melhor homem morcego que já assisti, uma conclusão perfeita com diálogos impactantes, cenas de tirar o fôlego que ficarão guardados na memória e claro, serão todos revistas milhões de vezes, porque eu não aceito esse fim, não agora.

E como Christopher Nolan disse em sua carta de despedida ao Batman: “Vou sentir falta do Batman. Eu gosto de pensar que ele também vai sentir a minha, mas particularmente, ele nunca foi sentimental.”

Espero que tenham gostado,

Beijos!!