Volume #1
Autor: Marc Levy
Editora: Suma de Letras
Número de páginas:
Avaliação:
(Skoob)
Keira é uma arqueóloga destemida,
ela comanda uma escavação no vale do Omo, na Etiópia. Sua meta é encontrar o
fóssil do primeiro ser humano existente na terra, e ela acredita que ele se
encontra ali.
Há algum tempo nesse lugar, Keira se apegou a algumas pessoas,
entre ela o pequeno Harry – um garoto etíope órfão de pai e mãe – que lhe
presenteia com um estranho pingente. Após um problema nas escavações, Keira se
vê obrigada a voltar para, trazendo consigo apenas o pingente de Harry.
Adrian é um astrônomo dedicado, o
seu maior desejo é encontrar a primeira estrela que brilhou no céu, no inicio
de tudo, há milhares de anos. Descobrir onde começa a aurora. Após passar mal no Chile, onde estava
realizando diversas pesquisas, ele é obrigado a retornar para casa.
Os caminhos de Adrian e Keira se
cruzam novamente em Londres – os dois tiveram um breve romance há muito tempo -,
onde os dois disputam uma bolsa para darem sequência a seus projetos. Quando
Keira esquece seu colar no apartamento de Adrian, o rapaz decide descobrir a
origem do estranho artefato, aplacando sua curiosidade tanto em relação ao
pingente quanto em relação a sua charmosa dona.
O problema é que ao que tudo
indica, eles não são os únicos interessados no pingente. Juntos eles embarcaram
em uma intensa e perigosa aventura, que vai mudar para sempre o rumo de suas
vidas.
"O que me levou, há tanto tempo, a desistir de viver como a
maioria das pessoas, com casa, mulher e filhos, acho que foi a esperança de um
dia encontrar a resposta à pergunta que nunca deixou de ser o centro dos meus
sonhos: Onde começa a aurora?"
O primeiro dia é um livro intenso,
repleto de aventura e conhecimento. Para minha surpresa, se trata de um thriller, pela capa eu julguei ser apenas
um romance.
A narrativa é dividida em duas
formas: em primeira e terceira pessoa. A parte de Adrian é narrada em primeira
pessoa, na forma de diários que o personagem escreve. A parte de Keira, e dos
demais personagens é em terceira pessoa, dando um clima ainda mais misterioso.
Adrian é um personagem doce e
apaixonado, é extremamente agradável a forma como ele descreve a trama, as
sensações e impressões que ele tem sobre o mundo. Devido à narrativa em
primeira pessoa, acabei me apegando mais a ele.
Keira é voluntariosa, ela não
perde tempo e está sempre em busca de algo. Em alguns momentos eu não conseguia
saber exatamente o que ela pensava, e isso me deixava bem agoniada.
A meta dos dois é bem diferente,
mas no final das contas parece ser exatamente a mesma coisa.
“Há dias que somam
insignificâncias e deixam um vazio na alma, momentos de solidão de que vamos
nos lembrar por muito, muito tempo.”
Marc Levy valorizou bastante os
personagens secundários, que em certas ocasiões roubavam até mesmo a cena dos
protagonistas. Walter é um amigo de Adrian, aquele que o incentiva a continuar
suas pesquisas e descobrir a origem do pingente. Ele é extremamente divertido,
todas as cenas em que ele aparecia tinham uma dose de humor, sem contar que ele
é um bom amigo. Adoro personagens que se dedicam por uma amizade.
Gostei muito de Jenna, a irmã mais velha de
Keira e Ivory, um senhor que trabalha no mesmo museu que Jenna, e é quem planta
em Keira a curiosidade em relação ao artefato que carrega no pescoço. Ivory é
um dos personagens mais intrigantes da trama, ele com certeza é muito
importante para o seu desenvolvimento.
Uma coisa que me agrada muito é
que conseguimos saber exatamente todos os passos dos “vilões”, eu adoro isso,
fico ainda mais ansiosa. O ritmo da narrativa não é frenético, e Levy às vezes enrola
um pouco, descrevendo minuciosamente as profissões dos personagens, e cada um
de seus passos. Confesso que algumas definições não foram totalmente absorvidas
por mim a lerda.
O ponto negativo do livro – para mim
– foi o romance. Eu não consegui enxergar Keira e Adrian como um casal em
potencial, faltou química, e um entrosamento além do investigativo.
Foi isso que me desanimou um
pouquinho, eu esperava mais do casal. Talvez seja pelo que disse no começo da
resenha, pela capa eu imaginava um lindo romance.
O final do livro é eletrizante, aquele
que nos faz almejar a continuação imediatamente, apesar de seu desfecho de
certa forma fechar. É aquela coisa: “aconteceu ou não aconteceu?”, “É real ou ilusão?”.
Só saberei lendo o próximo livro.
A continuação - A primeira noite - será
lançada pela Suma agora em outubro, devido a isso eu optei por não ler o
primeiro capitulo disponível no final do livro. Vou aguardar para ler
direto, sem interrupções. Estou bem ansiosa por essa leitura.
O primeiro dia é um bom livro,
que enfoca a amizade e a busca pelos seus sonhos, por mais difíceis que eles
sejam. No entanto, ainda não é o meu preferido do autor, Tudo aquilo que nuncafoi dito continua sendo o meu queridinho.
Beijos :)
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