15 de março de 2014

Insurgente - Veronica Roth

Divergente #2
Editora: Rocco
Autor: Veronica Roth
Numero de páginas: 512
Avaliação: 

Insurgente é o segundo livro da trilogia e essa resenha contém spoilers de Divergente.

Depois da simulação provocada pela Erudição tudo ficou um caos, a Abnegação está quase toda destruída, a Audácia está divida ao meio e as outras facções não sabem que posição tomar em relação a Erudição. No meio disso tudo Tris se encontra perdida entre superar a perda de seus pais e Will, entender o que realmente aconteceu e as motivações da Erudição, além de encontrar um lugar seguro e achar uma forma de parar toda essa loucura. 

****

O livro começa exatamente onde o anterior termina e isso foi um problema para mim que tenho dificuldade de lembrar algumas coisas, principalmente os nomes dos personagens. Sei que boa parte disso é culpa minha, mas também acho que é um dever do autor relembrar pontos importantes do livro anterior logo no começo e a Veronica Roth pecou um pouco nesse aspecto. Eu tive que parar a leitura algumas vezes e voltar em Divergente para lembrar quem era cada personagem e fiquei um pouco confusa em outras partes da estória. Mas superado esse problema inicial a leitura passou a fluir super bem. 

Por outro lado, o fato de começar dessa forma evidencia muito bem uma característica marcante desse livro: muita ação. Acontece muita coisa e o livro não fica monótono em momento nenhum e, por incrível que pareça, também não fica corrido. Ao mesmo tempo que recebemos explicações outras perguntas são levantadas o que dá sempre um novo objetivo para os personagens. 


"A crueldade não faz uma pessoa ruim, da mesma forma que a coragem não faz uma pessoa boa."


Falando neles, a autora não teve dó nenhuma de mata-lós aqui. De verdade, ninguém escapou, nem aqueles personagens que você tinha certeza que não iriam morrer. Não que ela tenha matado personagens super importantes, mas eles eram marcantes não poupando, assim, o choque de cada morte. Ou seja, se querem um conselho, não se apeguem muito a ninguém.

A Tris é uma das poucas personagens de livros Jovem Adulto que não me deixa em constante estado de irritação, ela comete erros, claro, mas são perfeitamente aceitáveis e dentro do contexto e da sua personalidade. Ela só me irritou um pouco por ficar dramatizando um acontecimento da - literalmente - primeira a última página do livro, mas, tirando isso, eu admiro a Tris por ter tomado algumas atitudes bem inteligentes ao decorrer da estória. 
Já o Tobias, ou Quatro, foi o que mais me deu raiva por suas decisões ou muito ingênuas ou incoerentes.

Só que aqui fica um ponto que eu gostei bastante, eu acho que eles são um dos únicos casais que não trazem aquela utopia de casal perfeito. Nesse livro eles discordaram em vários momentos e tiveram também muitas brigas, mas acabaram sempre se acertando no final. E não é sim que relacionamentos de verdade acontecem? Se tornou praticamente impossível não torcer pela felicidade dos dois. 


"Descobri que as pessoas são compostas de camadas e mais camadas de segredos. Você pode achar que as conhece, que as entende, mas seus motivos estão sempre ocultos, enterrados em seus próprios corações. Você nunca as conhecerá de verdade, mas, ás vezes, decide confiar nelas."


Mas o que faz de Divergente uma das melhores séries distópicas para mim é que a parte política é muito bem pensada e desenvolvida. E se já estava bom com a ideia inicial das facções a notícia bombástica do final de Insurgente elevou tudo a um outro nível. Tudo que eu podia pensar quando fechei esse livro era que eu precisa do próximo o mais rápido possível.

A narrativa deliciosa da Veronica Roth coroa tudo isso rendendo risos, momentos de tensão e muitas lágrimas também. Foi um livro que me surpreendeu bastante e que veio para consolidar essa como uma das minhas séries favoritas

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Juliana Sutti