6 de janeiro de 2014

Filme: Carrie - A Estranha

Título Original: Carrie
Lançamento: 2013

Direção: Kimberly Pierce
Elenco: Chloe Moretz, Julianne Moore, Judy Greer, Ansel Elgort
Gênero: Terror, Suspense

Sinopse: O filme retrata um desastre ocorrido em uma cidade americana destruída pela jovem Carietta White. Nos anos anteriores à tragédia, a adolescente foi oprimida pela sua mãe, Margaret, uma fanática religiosa. Além dos maus tratos em casa, Carrie também sofria com o abuso dos colegas de escola. Aos poucos, ela descobre que possui estranhos poderes telecinéticos.

Eu não sou fã de filmes de terror, grande parte disso porque eu morro de medo deles e sempre enfrento consequências por dias quando me arrisco a assistir algum. Porém algo em Carrie me atraiu, talvez por ser um clássico, talvez por ter atores que eu amo ou, principalmente, porque, na minha visão, Carrie não é realmente uma estória de terror, pelo menos não foi o que eu senti assistindo essa versão. Mas, diferente de quase todas as críticas que vi por aí, eu amei o filme sai completamente conquistada pela estória do cinema.

Carrie White (Chloe Moretz) é uma adolescente que sempre foi vista como a estranha, filha de Margaret (Julianne Moore), uma fanática religiosa que leva suas crenças ao extremo e faz a vida dela um inferno tanto dentro como fora de casa. Suas roupas antiquadas e recatadas, a fama de sua mãe e sua dificuldade de se relacionar com as pessoas fazem de Carrie uma vítima constantes de brincadeiras e humilhações na escola. Depois de uma grande humilhação a garota acaba descobrindo que possui poderes telecinéticos que vão acabar, mas para frente, resultando em um grande massacre.

Eu não li o livro do Stephen King e muito menos vi a adaptação original de 1976 feita por Brian De Palma, por isso digo de antemão que não vou fazer nenhuma comparação com nenhum dos dois nessa crítica. E, pelo menos para mim, eu acho isso algo extremamente positivo porque fui capaz de ver o filme como algo único, sem ter outras referências e me possibilitando julgar simplesmente o que vi.

Como disse no começo do post, não considerei o filme uma estória de terror, desde que vi o trailer imaginei que Carrie seria uma estória sobrenatural com um clima obscuro e foi exatamente isso que eu encontrei. Eu não considero isso um defeito, mas acho isso pode desapontar muita gente porque em nenhum momento eu cheguei a sentir medo e quem for a procura disso não vai acabar encontrando. Porém isso não quer dizer que o filme seja leve, longe disso. Como disse, Carrie tem uma vibe obscura e um clima suspense que fazem com que quem assiste sinta essa antecipação e esse incômodo a todo momento, uma atmosfera de tensão que permeia todo o livro. E muito disso tudo vem da personagem da Julianne Moore, a mãe da Carrie. Se eu tive medo de algo nesse filme, foi dela, da sua loucura e obsessão, uma personagem espetacular e muito bem representada pela atriz - que eu amo de paixão, aliás.

Muita gente desaprovou a Chloe Moretz e o principal argumento foi de que ela é bonita demais para parecer estranha. Não acho que tenha muita necessidade de explicar porque um comentário desse é tão absurdo, porém vou fazer um breve comentário sobre isso. Não é porque alguém é bonita que ela é, necessariamente, bem vista e aceita, a Carrie já tem muita coisa contra ela - o fanatismo da mãe, a dificuldade de interagir, as roupas estranhas - e isso já é mais do que suficiente para fazer alguém vítima da crueldade das pessoas.
Eu gostei demais da Chloe como Carrie, acho que ela conseguiu passar muito bem a inocência da personagem, seu amadurecimento e a explosão de suas emoções no final. A Carrie teve uma evolução gigantesca durante a estória e senti que tudo isso conseguiu ser passado para o telespectador pela atriz. Minha única ressalva foram as expressões faciais um pouco exageradas no ápice do filme, mas nada não é nada que incomode demais.

Eu preciso ser sincera com vocês e confessar que 30% da minha motivação para assistir o filme foi para ver o Ansel Elgort em ação, já que ele vai fazer o Augustus de A Culpa É Das Estrelas e eu nunca o tinha visto atuar, e o que posso dizer é que simplesmente me apaixonei por ele e por seu personagem. O Tommy não é um personagem principal, mas tem uma participação crucial no filme - muito maior do que eu imaginava - e diferente de tudo que eu pensava, eu simplesmente amei o personagem, sei que isso parece bobo, mas vocês não tem noção de quanto me senti encantada por ele. Como disse, pode ser porque amei demais o Tommy, mas fiquei fascinada pelo Ansel, ele é lindo e talentoso e não estou me aguentando para ver ele em cena de novo em Divergente e, principalmente, ACEDE.

Acredito que por ser um remake o filme não chega a surpreender demais, eu não conhecia a estória, é verdade, mas por causa do trailer e por causa do meu instinto eu adivinhei muita coisa antes delas acontecerem. Porém, o legal é que, mesmo assim, as cenas continuaram a ser impactantes e fortes, a sequencia principal do filme é o seu grande ápice e vale toda a antecipação criada por ele. Não me senti decepcionada em nenhum momento e muito menos no final.


Carrie - A Estranha não é um filme perfeito e pode ser que tenha desagradado a muitos, mas eu simplesmente amei a experiência. Eu gostei da estória, fiquei completamente imersa no seu clima obscuro e fiquei fascinada pelos personagens. Acho que não poderia pedir mas nada além disso. É um filme que eu estou morrendo de vontade de assistir de novo e de novo e me deixou com muita curiosidade para assistir o clássico de 1976.

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Juliana Sutti