9 de outubro de 2013

O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald

Autor: F. Scott Fitzgerald
Editora:  Record
Número de páginas: 270
Avaliação: 
(Skoob)


Nick Carraway acaba de se formar e alugar uma casinha na península de West Egg. Ele não tem posses, mas é um homem de boa índole. Seu vizinho, Jay Gatsby costuma dar extravagantes festas, regadas a bebidas e muita música, Nick costuma observar as festas da varanda de sua casa, mas nunca conseguiu ver o dono das festas grandiosas.

Com o passar dos dias Nick acaba se aproximando de Jay Gatsby e descobre que ele é diferente de tudo o que Nick pensava. Gatsby praticamente não aparece em suas festas, ele só as promove pois tem esperanças de reencontrar Daisy, a mulher por quem ele sempre foi apaixonado. Daisy (que também é prima de Nick) agora está casada com Tom Buchanan, um homem arrogante e extremamente rico. Gatsby conta com a ajuda de Nick para se aproximar de Daisy, ele acredita que pode reconquistá-la. 
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Eu nunca tinha me interessado de verdade por esse livro, tanto é que nem mesmo resenhas sobre ele eu havia lido. Então, foi uma surpresa quando iniciei a leitura e percebi que o livro era narrado em primeira pessoa, por Nick Carraway. Eu jurava que seria em terceira pessoa.

Ainda que tenha sido publicado pela primeira vez em 1925, O Grande Gatsby tem uma linguagem atual, não senti nenhuma estranheza durante a leitura, consegui me familiarizar rapidamente. F. Scott Fitzgerald tem uma narrativa fluída, empolgante e com uma pitada de crítica. Foi tão agradável que me senti em uma conversa com o personagem Nick Carraway, como se estivéssemos tomando um chá enquanto ele me relatava a história. 

Ftzgerald mostra com clareza a sociedade abastada daquela época pós-guerra, como eles ostentavam suas posses e quais eram seus verdadeiros valores. E o mais interessante de tudo isso, é que Fitzgerald viveu nessa época, ele fala com conhecimento de causa.

Os personagens são bem-construídos e de certa forma complexos. O mistério em torno de Gatsby e de como ele realmente conseguiu enriquecer me manteve presa à leitura, eu ansiava por saber mais, gostei muito da maneira como ele foi descrito, uma figura no mínimo enigmática. Daisy é uma personagem altamente detestável, bem como seu marido Tom, não consegui sentir o mínimo de simpatia por ela durante toda a leitura, e ao final do livro eu a detestava mais ainda. Não conseguia entender o que Gatsby havia visto nela. Quem rouba a cena, em minha opinião é Nick Carraway, ele não tem posses, sua vida pessoal e profissional não parecem se ajeitar, mas ainda assim ele tem um caráter invejável. 

A história me envolveu totalmente e e eu recomendo com toda a certeza, inclusive para aqueles que não são leitores assíduos de clássicos (como eu). O Grande Gatsby não é apenas uma história de amor, ele vai muito além disso. Agora quero assistir ao filme, para ver como essa história tão marcante foi adaptada.

Essa edição da Record está muito bonita (me apaixonei pela ilustração da capa), temos uma introdução por Mathew J. Bruccoli e ao final, a partir da página 219, um Apêndice com diversas informações interessantes sobre a trama e sobre o autor. 

Para finalizar, reproduzo um trecho do que Mathew J. Bruccoli diz sobre o livro, e que se encaixa perfeitamente no que achei da história: "O Grande Gatsby não proclama a nobreza do espirito humano; não é politicamente correto; não revela como resolver os problemas da vida; não transmite mensagens da moda ou consoladoras. É apenas uma obra-prima."

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Juliana Sutti