Editora: Intrínseca
Autor: John Green
Número de páginas: 366
Avaliação:




Número de páginas: 366
Avaliação:





(Skoob)
Quentin Jacobsen está no último ano do colégio, e passar nas provas finais tem sido sua meta de vida. Ele é completamente apaixonado por sua vizinha, Margo Roth Spiegelman, desde sempre. Quando eles eram crianças, vivam brincando e se divertindo juntos. No entanto, após terem encontrado o cadáver de um homem, as coisas se tornaram diferentes e eles se distanciaram. Margo agora faz parte da turma dos populares, e Quentin (ou somente Q, como ele é chamado pelos amigos) pode ser considerado um nerd.
Sendo assim, quando Margo aparece na janela de Q, vestida como ninja, e o convida para uma aventura maluca, Q aceita de imediato. Eles passam a madrugada realizando um criativo plano de vingança de Margo e Q acredita que depois disso as coisas possam voltar a ser o que eram antes, que Margo passe a notá-lo novamente. No entanto, a garota não aparece no colégio no dia seguinte, e nem nos outros dias.
Decidido a encontrá-la, Q conta com a ajuda de seus dois amigos, Radar e Ben, para seguir as pistas deixadas por Margo. Tudo o que ele mais quer é encontrá-la com vida.
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Assim que li a sinopse de Cidades de Papel fiquei muito curiosa. Li apenas um outro livro do autor - A Culpa é das Estrelas -, e esse se tornou um dos meus livros favoritos. Ter gostado tanto de ACEDE fez com que eu tivesse altas expectativas para Cidades de Papel, talvez seja esse o motivo de eu não ter amado a história, como pensei que amaria.
John Green escreve de uma forma deliciosa, fiquei totalmente entretida e queria terminar o quanto antes para ver como ele finalizaria a aventura. Sua pesquisa para esse livro fica evidente e gostei muito de ver como o título do livro se encaixa perfeitamente na história, como ele é bem explicado. A narrativa em primeira pessoa é leve, fluída e divertida. Quentin é um adolescente normal, sua descrição é bem crível com a realidade, sempre fico feliz quando vejo adolescentes que se comportam como adolescentes. Margo, mesmo aparecendo efetivamente poucas vezes é a dona do livro. Tudo gira em torno dela, tudo é feito por ela e para ela. Ela é aquela personagem doida e egoísta, mas que consegue nos ensinar alguma coisa mesmo assim.
"E talvez fosse isso que eu precisasse fazer, acima de qualquer coisa. Eu precisava descobrir com Margo era quando não estava sendo Margo."
Apesar de Q e Margo serem os protagonistas, Ben e Radar roubaram a história. Eles são os personagens secundários mais "protagonistas" que eu já vi. Amei cada particularidade (e são várias), cada detalhe da personalidade de cada um que tornou a história única. Sem eles Cidades de Papel seria um livro bem sem graça.
A obsessão de Q em encontrar Margo foi o que me fez desgostar um pouco da trama, a forma como ele deixa sua vida de lado para partir numa busca maluca me incomodou muito, achei um pouco forçado. Eu entendo que adolescentes são impulsivos, mas achei um pouco demais. Entretanto, tirando o meu estresse com Q, essa aventura foi muito bacana. Eu me diverti muito acompanhando Q e seus amigos.
"(...) Não sei com o que me pareço, mas sei como me sinto: Jovem. Estúpido. Infinito."
Como não poderia deixar de ser, John Green escreve uma história que entretém, mas que vai um pouco além disso. Com sua pegada filosófica, o autor nos faz refletir sobre alguns aspectos da nossa vida. Às vezes queremos que as pessoas sejam aquilo que imaginamos, idealizamos alguém que nem sempre existe. John Green faz questão de deixar claro que pessoas são apenas pessoas. Cidades de Papel não é meu livro preferido, e nem a leitura mais memorável que já fiz, mas sim, eu recomendo.
Confira também a resenha em vídeo:
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