Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 283
(Skoob)
Sinopse: Em A Culpa é das Estrelas, Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
O que vocês precisam saber sobre o enredo do livro é o que está na sinopse, tudo o que eu acrescentasse estragaria a leitura de vocês, pelo menos eu acho.
É muito difícil resenhar esse livro, tenho certeza que tudo o que eu escrever aqui não vai conseguir expressar realmente o que eu senti com essa leitura.
Hazel é uma personagem encantadora, ela sabe que sua doença não tem cura, ela tem consciência de que não viver tanto assim e ela sofre em saber o quanto sua família vai sentir quando ela se for. No entanto, apesar de pensar muito em sua morte, Hazel não fica se lamentando pelos cantos, ela é uma garota inteligente e divertida.
Tem um livro que ela costuma reler sempre, é o seu preferido. A forma como ela o descreve faz jus ao que eu senti lendo ACEDE:
"Meu livro favorito era, de longe, “Uma aflição imperial”, mas eu não gostava de falar dele. Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como “Uma aflição imperial”, do qual você não consegue falar – livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição.”
Esse livro tem uma participação fundamental na trama, é através dele que muita coisa acontece. A história dá uma guinada quando Hazel começa a se relacionar com Augustus, um garoto lindo que ela conhece no grupo de apoio.
Augustus tem um sorriso encantador e está acompanhando seu melhor amigo Isaac no grupo de apoio. Gus (seu apelido) é sem dúvidas o meu personagem preferido, é como se todos os outros fossem coadjuvantes, e ele fosse a estrela da história.
O romance é doce, e vai acontecendo de forma gradual. Hazel não queria se relacionar com ninguém, ela queria evitar fazer mais pessoas sofrerem com a sua morte eminente. Mas, a gente não manda no coração não é mesmo?
“(...)Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.”
Eu estava preparada para me emocionar, eu já tinha um desfecho escrito em minha mente, comecei a leitura sabendo que ficaria triste com o final. Mas John Green me surpreendeu, mudou o roteiro que já estava pronto na minha cabeça, me deu uma rasteira e despedaçou o meu coração.
Esse foi o primeiro livro que li do autor, mas com certeza quero ler todos os outros. Me apaixonei perdidamente pela narrativa de John Green.
Nunca chorei tanto lendo um livro! Sou naturalmente emotiva, é fácil me emocionar com uma história bonita, mas ACEDE me desestabilizou, eu soluçava e simplesmente não consegui parar de chorar. Assustei até mesmo o meu marido, que achou que algo grave tivesse acontecido comigo.
Depois, quando fui contar a história para o meu marido (sou dessas, quando gosto do livro faço questão de contar em detalhes para o Diego, mesmo que ele não queira ouvir hehe), chorei de novo. E agora, escrevendo essa resenha, sinto vontade chorar novamente.
ACEDE é trágico e é triste, mas é ao mesmo tempo lindo, divertido e inspirador. Hazel e Gus (e também Isaac, que merece um destaque) são personagens tão reais, que sinto como se fossem meus amigos chegados. Essa história vai ficar martelando em minha cabeça por um bom tempo, me fazendo refletir.
Não sei se vocês vão sentir a mesma coisa, e nem sei se A culpa é das estrelas vai se tornar um favorito – como é o meu caso -, mas acredito que é uma leitura necessária. Recomendo com toda a certeza do mundo.
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