Numero de páginas: 279
Avaliação:
(Skoob)
Nastasya é uma Imortal, e tem mais de 400 anos. Já viveu de diversas formas, em diversas épocas diferentes, mas nunca encontrou nada que realmente desse sentido a sua longa vida. Ela costuma sair com seus amigos (também imortais) para beber e dançar em festas. Até o dia em que seu amigo Incy quase mata um motorista de táxi, por um motivo praticamente inexistente.
Assustada com a brutalidade do amigo, e com a força da mágica (magick) que os imortais têm, ela decide que precisa fugir, encontrar ajuda. Ela se refugia na casa de River, uma mulher sábia que mantém uma espécie de casa de reabilitação para imortais.
Lá Nasty vai aprender diversas coisas sobre suas origens e poderes, além de se ocupar com afazeres domésticos. O único problema é o sexy Reyn. Um homem lindo, mas extremamente calado, que Nasty tenha a estranha sensação de conhecer de algum lugar.
Em um primeiro momento, fui conquistada pela capa, que é linda. Nem conhecia a sinopse, mas já sabia que queria lê-lo.
A mitologia Imortal criada por Cate Tiernan é ótima e - baseado nos livros que já li -, bem original. Não há nenhuma ligação com vampiros e coisas do tipo.
O fator sobrenatural, (além de eles viverem quase que eternamente) é a existência de mágica, que eles chamam de magick. Existem dois tipos de magick: a branca e a negra. Quando a magick branca é utilizada, eles extraem força dos elementos, sem destruí-los, a magick negra destrói tudo o que estiver vida em sua volta.
Nasty é uma personagem incrível, amei sua personalidade desde o começo. Ela é sarcástica, bem humorada e fala tudo o que vem na cabeça (uma doida completa). Claro que ela vive uma crise existencial, que foi justamente o que a fez decidir buscar ajuda, mas mesmo assim ela continua sendo ótima. O livro é narrado em primeira pessoa, pela própria Nasty. Como eu adorei a protagonista, não tive nenhuma dificuldade.
“Eu não sabia de onde essas coisas estavam vindo – de repente eu era uma fadinha mágicka, me unindo à minha pedra, sentindo minhas raízes terrenas, lálálá...
Só posso descrever o jeito como me senti. E era assim que eu me sentia. Me processem. Página 240
Um ponto muito positivo para mim é que, apesar de ter mais de 400 anos, Nasty não conhece muito suas origens. Isso permite com que a gente descubra junto com ela. Além disso, suas memórias do passado são detalhadas e vívidas. Fica bem claro, o capricho de Cate Tiernan em suas pesquisas.
Reyn é um espetáculo, Nasty o define como um “deus viking”, totalmente sedutor. O problema é que ele a trata de maneira agressiva, como se a detestasse, e eles vivem “trocando farpas”. Sem contar que Nasty tem a estranha sensação de conhecê-lo, mas não de uma forma positiva.
O romance não é tão forte, existem muitos empecilhos, mas é delicioso mesmo assim. A química de Nasty e Reyn é bem evidente.
"Ele parecia... simplesmente inacreditável, o cabelo revirado pelo vento, os olhos brilhantes, o rosto levemente ruborizado. Era quase impossível eu não derrubá-lo bem ali, na frente de Asher, e subir em cima dele. Se eu o acertasse com uma frigideira, ele talvez não lutasse muito..." Página 98
Existem outros personagens ótimos como River, a dona da casa, Nell (que tem uma queda por Reyn) e todos os outros moradores do local. Cada um tem uma participação importante.
O livro ainda nos faz avaliar algumas coisas, repensar nossas atitudes e a forma como levamos nossa vida. Eu adoro livros que me fazem refletir, sem se tornarem autoajuda.
“Tudo bem – disse ela – Algumas estradas são mais longas e mais difíceis do que outras.
Concordei sem falar nada, pensando que algumas estradas pareciam levar direto para o inferno.” Página 94
O final de certa forma fecha, mas deixa uma infinidade de pontas soltas para serem resolvidas nos próximos dois volumes da trilogia, que eu espero ansiosamente! Tomara que sejam lançados logos.
Amada Imortal é uma leitura agradável, rápida e marcante. Assim que comecei a leitura, foi impossível parar antes de saber o final. Mais do que recomendado. ;)
Beijos :)
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